29 de junho de 2011

Concordo, mas infelizmente...

«O acidente que provocou a morte do cantor Angélico Vieira tem um forte impacto imediato, sobretudo entre os mais jovens, mas não deverá ter um efeito pedagógico duradouro para a questão do cinto de segurança, defende um especialista.
Rui Carreteiro, psicólogo e coordenador de uma pós-graduação em Psicologia do Tráfego, acredita que o acidente, por ter envolvido uma jovem figura pública popular entre os mais jovens, vai salientar a importância do uso do cinto de segurança.
"Mas regra geral, neste tipo de situações, o impacto é muito forte, mas pouco duradouro. Terá um forte impacto imediato, não só nos fãs como na população em geral. Mas infelizmente o efeito pedagógico não será o desejado a médio longo prazo", afirma o especialista em declarações à agência Lusa.
Para Rui Carreteiro, nos próximos dias as pessoas terão mais cuidado e atenção ao uso do cinto, mas essa consequência tenderá a desaparecer com o tempo, ao ritmo da memória, que é curta.
"Quando há uma multa por excesso de velocidade, nos dias seguintes é-se muito cumpridor, mas passado algum tempo tudo volta o mesmo", compara, acrescentando que o ser humano é "um eterno tentador de ultrapassar os limites que são impostos pela sociedade".
(...)»

daqui:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1892161&page=1

17 de junho de 2011

estudar, estudar, estudar...



Exames, a minha vida agora resume-se a estudar números e letras e é por esse motivo que não tenho publicado muito. Peço desculpa a quem me visita regularmente mas o tempo é pouco para passar por aqui.
Espero voltar o mais breve possível e continuar a publicar no para Ti.
Beijinhos :')

13 de junho de 2011

123º aniversário







«O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.»







Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".

Por ter crescido na África do Sul, para onde foi aos seis anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu a língua inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a traduções desse idioma.
Ao longo da vida trabalhou em várias firmas como correspondente comercial. Foi também empresário, editor, crítico literário, ativista político, tradutor, jornalista, inventor, publicitário e publicista, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".
Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos, na cidade onde nasceu. Sua última frase foi escrita em Inglês: "I know not what tomorrow will bring… " ("Não sei o que o amanhã trará").


in http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa

8 de junho de 2011

A palavra sobre a palavra

«Recebe-nos no seu gabinete, na Faculdade de Letras. Uma sala pequena, envelhecida, com muitos livros, muitos papéis - talvez por isso um espaço tão acolhedor. O cabelo que lhe emoldura o rosto está impecavelmente penteado. A blusa de linho, branca, bordada, acentua-lhe o ar distinto, o porte de gestos delicados.
(...)

Com tantas andanças pelo mundo, como é que o mundo vê a literatura portuguesa?
Com muito interesse, muita curiosidade! É pena que não haja mais e melhores traduções.
Era algo em que se devia investir a sério. Paulo Quintela era um grande tradutor, traduzia do Alemão, do Inglês e de outras línguas, mas sobretudo dessas. Traduzia excelentemente e dedicou toda a sua vida a essa tarefa, por vezes tendo sido criticado por isso. Diziam por aí que ele não tinha uma obra científica porque não escrevia livros, fazia apenas traduções e depois escrevia pequenas introduções para as traduções. Eu acho que ele fez um trabalho notável, pelo qual tenho um enorme respeito e admiração. Traduzir é muito difícil. Eu também já traduzi, ainda traduzo, e sei que é muito difícil. O interesse pela literatura portuguesa no estrangeiro é muito grande. E desde que o Saramago ganhou o Nobel, mais ainda.

E a nível da poesia, como estamos?
A poesia sempre foi algo que, de alguma forma, nos corre nas veias. Várias pessoas fizeram comentários sobre o facto de sermos um país de poetas. Acho que estamos bem representados. A Graça Capinha está a dirigir um projecto no Centro de Estudos Sociais (CES) - onde ambas somos investigadoras - sobre poesia. Ela chama-lhe Poéticas de Resistência. Esse projecto obriga-a a ir pelo país ver o que é que se publica que nunca chega ao Expresso nem ao Público. E ela diz que se faz imensa coisa muitíssimo boa que não chega aos meios de comunicação.
Há toda uma obra que fica completamente ignorada. Não tenho dúvidas: a literatura portuguesa está mesmo muito bem e recomenda-se.

Quem são os seus autores preferidos?
O Saramago é um deles. A Lídia Jorge também. Maria Velho da Costa. Ana Luísa Amaral.
Gosto muito do António Ramos Rosa e escrevi muito sobre ele. Mas o poeta vivo que mais admiro é o Alberto Pimenta. Muitas pessoas nem sequer ouviram falar dele. Ninguém fala muito nele porque ele é muito rebarbativo, mas é um grande poeta, que percebe que não se pode fazer igual ao que já foi feito. Depois há outros... A Fiama. Sophia, Eugénio de Andrade. O Herberto Hélder é outro grande poeta. Mas quando estes poetas começaram a publicar a sua “obra toda” ou “obra completa” o Alberto Pimenta publica um livro que intitula “Obra Quase Incompleta”! E essa obra é notável porque ele é capaz de publicar um poema a que, passados uns anos, caiem letras e fica com outro aspecto. É quase explicitamente uma reflexão sobre o problema da língua. Porque a língua é que é complicada. A língua fala-nos, não somos nós que falamos a língua. Eu tenho consciência de que a língua me está a falar neste momento, não sou eu que a falo.

O poeta é um fingidor?
Dizia o Pessoa, sim. No sentido do fingir, do fazer-de-conta da ficção - porque ficção e fingir são palavras cognatas – é verdade. Mas também temos de rever a questão da autenticidade.
O que Fernando Pessoa põe nesse poema é a questão da autenticidade: O fingimento é que é a verdadeira autenticidade. É o que diz verdadeiramente o mundo. Porque essa poesia de subjectividade de dizer o “eu” não é o mais importante. Aliás, Nietzsche dizia exactamente a mesma coisa: o que interessa é dizer o mundo, não o “eu”.

O poético também é político?
Sem dúvida. Tudo é. E mesmo aquele poeta que se diz apolítico tem a política do apoliticismo. Não há como escapar à nossa condição de seres políticos.

Mas a escrita foi uma arma de Abril.
Sem dúvida. Mas aquela que conseguiu contornar a censura, não aquela que ficou na gaveta.

Olhando para o Portugal de hoje acha que temos o país pelo qual Abril lutou?
Não, não acho.

O que é falta?
Falta mais justiça social. Falta... Eu até diria democracia. E há corrupção a mais. O 25 de Abril trouxe a democracia, sem dúvida; prometeu maior justiça social; e conseguiu algumas coisas, não vou dizer que não. Claro que sim. Agora, aquilo que muitos de nós pensávamos que ia ser o Portugal depois de Abril não se concretizou, pelo menos não na sua plenitude.

As mulheres ainda precisam que lutem por elas?
Elas é que precisam de lutar por elas. E cada vez mais creio que as mulheres estão a assumir essa luta de se afirmarem, de serem reconhecidas, de avançarem para posições de poder.
As mulheres ainda têm muitos e bons motivos para lutar. É preciso entendermos a nossa sociedade, a nossa cultura, as teorias pelas quais nos regemos. (...) É preciso continuar a lutar pelos direitos das mulheres, tal como é preciso continuar a lutar pelos direitos dos negros e das minorias. Em qualquer parte do mundo. Porque ainda há muito racismo e discriminação, por todo o lado.

As mulheres escrevem de forma diferente dos homens?
Já escrevi sobre isso. Desde que há consciência da escrita e do corpo que há produção escrita por mulheres que deliberadamente assumem que escrevem de forma diferente. Eu acho que não, acho que a arte e a literatura não são coisas naturais. Não há nada mais artificial que a poesia, nada mais artificial que a literatura, e portanto não é natural que se notem diferenças de uma escrita para a outra. A Irene Lisboa, uma grande poeta do modernismo português, dizia que distinguir a arte masculina da arte feminina é muito difícil. E é.
(...)


Para que é que serve a literatura e a poesia?
Para nada. (Silêncio) Para aprendermos a interrogar. Mas a poesia não diz nada. A poesia diz-se, não diz coisas. Diz-se. O mais importante da poesia e da arte em geral é, justamente, a gratuitidade. O gratuito é que faz de nós humanos. Aquilo que não é contabilizável, que não é objecto de imposto. Como diz o Álvaro de Campos: “Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?” [não me lembro agora bem do resto, mas a ideia é esta] queriam-me um homem normal? Não! Eu sou poeta!”. Mas os poetas são pessoas como as outras (sorriso).

São? Há aquela ideia de que são pessoas especiais...
Não. Isso é um conceito romântico e elitista que se mantém. É a ideia do génio. Mas porquê os poetas? Em qualquer outra área de actividade encontramos seres excepcionais. Não quer dizer que não existam poetas excepcionais. Mas a maior parte deles não o é. Como em tudo.
(...)

É uma mulher realizada?
Sempre a realizar. Sempre em realização.

O que é que ainda lhe falta fazer?
Morrer. Mas lá chegará (sorriso)...
(...)

É difícil vingar fora de Lisboa?
Só porque os jornais não nos ligam muito. O colóquio de estudos americanos que nós tivemos aqui intitulado “America where?”, um colóquio internacional, com especialistas americanos muitos bons, de topo; ex-presidentes da ASA – uma delas acaba de ser eleita presidente da associação. Da Irlanda, da Holanda, de Espanha, Inglaterra, Alemanha. Um naipe de especialistas dos melhores que há. Quem não veio, vergonhosamente, foram os nossos colegas americanistas de Lisboa e do Porto. Mas quem é que falou do colóquio? Por acaso, o António Guerreiro publicou o programa na Actual. Depois telefonou-me a dizer que não podia vir cobrir o colóquio porque o jornal não lhe dava espaço nenhum para este tema. Se fosse em Lisboa, se calhar as coisas seriam diferentes.

A poesia tem um papel social?
Claro. Aliás, tudo é social. Precisamente porque não tem de estar investida em interesses, a poesia tem uma função social importantíssima.

Num mundo que, como diz, “se desmorona”, mais do que mentir a poesia deve falar a verdade?
(Silêncio) A verdadeira poesia – e o meu mestre Bloom dizia “strong”, ou seja, “forte” – a grande poesia, “forte”, não mente. Nunca mente. Finge, mas não mente. São coisas diferentes.
Se quando fala em verdade me fala de poesia-panfleto, isso não! Poesia não é panfleto.
Se é, deixa de ser poesia. Agora, a poesia tem muitas maneiras de dizer as coisas. O Robert Duncan, que era ferozmente contra a Guerra do Vietnam, escreveu vários poemas em que se posicionava contra a guerra, mas fê-lo de forma a que a verdade dele estivesse lá sem cair no panfletário.

Prefere poesia ou literatura?
Fernando Pessoa e Sá Carneiro faziam essa distinção e diziam que só os lepidópteros apreciavam a literatura, os outros preferiam poesia. A poesia é a arte suprema da linguagem. E, nesse sentido, acho que prefiro a poesia – sem a distinguir da literatura, nem da ficção, nem do drama.

A poesia é esquecimento ou memória?
As duas coisas. Há um poema de Hart Crane, outro dos meus poetas preferidos, que diz “I can remember much forgetfulness”. É muito bonito. Nós agora temos um projecto no CES, que esperamos que venha a ser aprovado, sobre o silêncio e os silenciamentos. A minha parte vai ser justamente sobre a poesia e os silêncios e os silenciamentos da poesia. E os esquecimentos, porque o esquecimento também é um silêncio.

O belo ou o feio?
As duas coisas. Aliás, uma não existe sem a outra. É o chamado sublime.

Alberto Caeiro, Ricardo Reis ou Álvaro de Campos?
Fernando Pessoa.

Qual é a sua palavra preferida?
A minha palavra preferida? (Silêncio) Que linda pergunta! É “poesia”.

Diga-me o título de um livro que a fez feliz e de um livro que a fez chorar.
Há um livro que ainda está muito presente em mim. É um belíssimo romance. “Myra”, de Maria Velho da Costa. Fez-me chorar e também me fez feliz porque é uma bela obra.

A Língua Portuguesa é a Língua mais bonita do mundo?
Não.

Qual é?
Não sei... »

mais aqui: http://www.uc.pt/rualarga/anteriores/26/26_17
* Maria Irene Ramalho é licenciada pela Universidade de Coimbra e doutorada pela Universidade de Yale. É professora de Estudos Ingleses e Americanos da Universidade de Coimbra e International Affiliate do Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Wisconsin-Madison. Foi, em 2008, galardoada nos Estados Unidos com o Prémio Mary C. Turpie atribuído pela mais importante associação de estudos americanos (American Studies Association), que pela primeira vez é atribuído a alguém de fora do país.

5 de junho de 2011

A vida humana

«Se te dizem que faças o que quiseres, a primeira coisa que parece aconselhável é que penses com tempo e a fundo o que é aquilo que queres. Apetecem-te com certeza muitas coisas, amiúde contraditórias, como acontece com toda a gente: queres ter uma moto, mas não queres partir a cabeça no asfalto, queres ter amigos, mas sem perderes a tua independência, queres ter dinheiro, mas não queres sujeitar-te ao próximo para o conseguires, queres saber coisas e por isso compreendes que é preciso estudar, mas também queres divertir-te, queres que eu não te chateie e te deixe viver à tua maneira, mas também que esteja presente para te ajudar quando necessitas disso, etc. Numa palavra, se tivesses que resumir tudo isto e pôr sinceramente em palavras o teu desejo global e mais profundo, dir-me-ias: «Olha, pai, o que eu quero é ter uma vida boa.» Bravo! O prémio para este senhor! Era isso mesmo o meu conselho: quando te disse «faz o que quiseres», o que, no fundo, pretendia recomendar-te é que tivesses o atrevimento de teres uma vida boa. (…)
Queres ter uma vida boa: magnífico. Mas também queres que essa vida boa não seja a vida boa de uma couve-flor ou de um escaravelho, com todo o respeito que tenho por ambas as espécies, mas uma vida humana boa. É o que te interessa, creio eu. E tenho a certeza de que não renunciarias a isso por nada deste mundo. Ser-se humano, já o vimos antes, consiste principalmente em ter relações com outros seres humanos. Se pudesses ter muito, muito dinheiro, uma casa mais sumptuosa do que um palácio das mil e uma noites, as melhores roupas, os alimentos mais requintados (…), as aparelhagens mais perfeitas, etc., mas tudo isso à custa de não voltares a ver nem a ser visto – nunca – por um outro ser humano, ficarias satisfeito? Quanto tempo poderias viver assim sem te tornares louco? Não será a maior das loucuras querermos as coisas à custa da relação com as pessoas? Mas se justamente a graça de todas as coisas de que falámos assenta no facto de te permitirem – ou parecerem permitir – relacionares-te mais favoravelmente com os outros! (…) Muito poucas coisas conservam a sua graça na solidão; e se a solidão for completa e definitiva, todas as coisas se volvem irremediavelmente amargas. A vida humana boa é vida boa entre seres humanos ou, caso contrário, pode ser que seja ainda vida, mas não será nem boa nem humana

Fernando Savater, Ética para um Jovem,
7.ª ed., trad. Miguel Serras Pereira, Lisboa, Presença, 2000

4 de junho de 2011

O sol faz bem!

«Nesta época estival voltamos a ouvir falar insistentemente dos malefícios do sol, mas a verdade é que o sol também faz bem e é fundamental para a nossa saúde. Assumindo que toda a gente já sabe quais as melhores horas para se expor ao sol e como se deve proteger, vamos lembrar quais os seus benefícios.
* O sol é essencial para a sintetização da vitamina D, responsável pela formação do cálcio e pela fixação do mesmo nos ossos e dentes. No entanto, 5 a 10 minutos de sol por dia, duas vezes por semana, são suficientes.
* Quando a luz entra em contacto com a retina, ativa a glândula pineal (que controla os biorritmos do corpo), inibindo a produção de melatonina e permitindo a libertação de serotonima, o que ajuda a levantar o ânimo e a combater a depressão.
* Já ouviu dizer: "Na primavera, o sangue altera"? Isto tem a ver com o aumento do calor e das horas de sol, que melhoram a circulação sanguínea e nos dão a sensação de ter mais energia, entre outras coisas.
* Estimula o sistema endócrino, melhorando o metabolismo e promovendo a absorção das vitaminas, proteínas e minerais.
* Ajuda a combater o acne e curar as infeções por fungos.
* Fortalece o sistema imunitário, promovendo o aumento dos glóbulos brancos.
* Aumenta a concentração de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigénio aos tecidos.
* O sol também regula a leptina, hormona que envia o sinal de saciedade ao cérebro. Por isso no verão sentimos menos fome.
* A pele bronzeada ganha outro brilho e fica com um aspeto mais saudável. Com isto, a autoestima e a sensação de bem-estar aumentam consideravelmente.»

3 de junho de 2011

"Olhó' gelado gigante"




«O Aeroporto de Faro tem desde ontem uma nova atracção. Trata-se da escultura "Tutti-Frutti" de Joana Vasconcelos. Feita em aço, tem quatro metros de altura e centenas de formas de praias em plástico coloridas, que formam um gelado gigante.»

in Metro

2 de junho de 2011

Nova escrita

Li numa revista o seguinte artigo:
«O uso das novas regras de ortografia só passa a ser obrigatório a partir de 2012. (...) De seguida, apresentamos-lhe algumas destas alterações:
- As letras "k", "w" e "y" são integradas no alfabeto.
- Os meses, as estações do ano e os pontos cardeais passam a escrever-se com minúsculas:

* janeiro, fevereiro, março, etc.
* primavera, verão, outono e inverno.
* norte, sul, este, oeste, noroeste, etc.
- Suprimem-se alguns acentos, como por exemplo:
* nas palavras graves com acento tónico "oi": boia, joia, heroico, etc.
* nas formas verbais graves terminadas em "eem": veem, deem, creem, etc.
* nas palavras graves homógrafas: pelo, pera, para, etc.
- Desaparecem as consoantes mudas e mantêm-se as que as pronunciam:
* Desaparecem: colecionar, ação, coletivo, ator, objetivo, projeto, etc.
* Mantêm-se: facto, ficção, convicção, bactéria, néctar, etc.
- O hífen desaparece:
* Nas formas monossilábicos do verbo Haver com a preposição de: hei de, hás de, hão de, etc.
* Nas palavras compostas que entretanto se tornaram uma, ou cujas letras anteriores e posteriores são a mesma consoante ou consoantes e vogais diferentes: mandachuva, paraquedas, contrassenso, antirrugas, autoestrada, extraescolar, etc.
* Nas locuções de uso geral (exceto as que designam espécies botânicas ou zoológicas): fim de semana, mesa de cabeceira, andorinha-do-mar, feijão frade, etc.»