30 de novembro de 2010

sermões...

Nascer pequeno e morrer grande é chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento e tantas para a sepultura. Para nascer, Portugal, para morrer, o mundo.
Padre António Vieira

29 de novembro de 2010

Ryanair disponibiliza 1 milhão de lugares a 6 euros

A Ryanair acaba de anunciar que a partir da meia-noite desta segunda-feira, 29 de Novembro, irá disponibilizar 1 milhão lugares a 6 euros para viajar às terças, quartas e quintas em Janeiro e Fevereiro.
Segundo o comunicado da companhia, estas tarifas baixas «com tudo incluído» vão estar disponíveis para mais de 500 rotas Ryanair em toda a Europa e devem ser reservadas no site da companhia antes da meia-noite (24h00) de quinta-feira 2 de Dezembro.
Estes bilhetes da Ryanair a 6 euros incluem «todas as taxas e encargos, como tal, todos os passageiros que decidam evitar as despesas opcionais, ao efectuarem o pagamento com o cartão pré-pago da MasterCard, transportando só a mala de mão até 10Kg e não optando pelo embarque prioritário, poderão viajar à tarifa publicitada de 6 euros», conclui o comunicado.

(http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/portugal-agencia-financeira-turismo-viagens--ryanair/1213595-1728.html)

24 de novembro de 2010

Notícias Curtas e Engraçadas II

Mulher activa alerta de bomba para evitar que filha case
Uma senhora de 56 anos telefonou para o aeroporto de Moscovo, na Rússia, a dizer que a filha era uma bombista suicida. Isto, numa tentativa para evitar que a filha embarcasse no avião para se ir casar. A polícia começou à procura da suposta suicida-bombista e instalou-se o caos.
Lembraram-se de rastrear a chamada e descobriram que foi a mãe da rapariga que a fez. A mulher foi presa por suspeita de um falso ataque terrorista. Era contra o casamento da filha com um marroquino e não queria que a filha embarcasse, de acordo com as autoridades. Tudo o que conseguiu foi ser presa.

GNR recupera duas toneladas de castanhas roubadas
A GNR recuperou duas toneladas de castanha roubadas de um armazém e identificou os alegados autores do furto. O produto do roubo poderia render, pelo menos, cerca de dois mil euros. A castanha estava já armazenada em sacas e pronta a ser comercializada, quando foi furtada de um armazém.
A GNR teve conhecimento do furto na manhã de terça-feira e, no mesmo dia, os militares do núcleo de investigação criminal recuperam os dois mil quilos de castanha. De acordo com a fonte, este tipo de crime ocorre com alguma frequência nesta época do ano que coincide com a apanha da castanha, um dos produtos agrícolas mais rentáveis na actualidade.
Os indivíduos foram constituídos arguidos, ficando sujeitos apenas à medida de coação mais leve, o Termo de Identidade e Residência.

Demitida por ter «seios demasiado grandes»
Uma norte-americana, Amy-Erin Blakely, de 43 anos, alega ter sido demitida por os seus seios serem «grandes demais».
De acordo com o jornal «Telegraph», o patrão disse-lhe para esconder os seios por serem demasiado grandes. Era «demasiado sensual» para ser promovida. Os colegas afirmaram que não se conseguiam concentrar no trabalho, pelo que foi avisada para esconder os seios. Amy-Erin Blakely disse que sempre se vestiu de forma profissional, que era uma funcionária exemplar e que nunca tinha sido repreendida.
«Eu só pedi para ser julgada pelos meus méritos. Em vez disso, eu era julgada pela minha aparência e pelo tamanho dos meus seios», disse a norte-americana. Amy-Erin Blakely tem um processo em tribunal contra a companhia.

Decidiu perder peso depois de se ver gordo no Street View
Um britânico de 56 anos decidiu perder peso depois de se ter visto muito gordo numa imagem do Sreet View, a ferramenta do Google que fotografa várias cidades.
Pesava cerca de 134 kg quando se viu na fotografia, mas agora pesa 89 kg. Perdeu, portanto, 45 kg após a sua decisão, conta o «Telegraph». "Eu fiquei em choque quando vi aquela foto. Eu estava enorme. Já estava a pensar perder peso há algum tempo, mas depois de ver aquela imagem eu sabia que tinha de fazer alguma coisa", contou.

Casal diz «sim» pela 83ª vez e tenta bater recorde
Uma mulher australiana e o marido casaram este sábado pela 83ª vez.

Como participantes num concurso irlandês que os acompanha na sua renovação de votos à volta do mundo, Mark e Denise Duffield-Thomas voltaram a dizer «sim» numa piscina de Queensland, na Austrália, igualando-se ao número máximo de casamentos celebrados por um casal registado pelo Guiness.
O jovem casal, que atou o nó em Agosto do ano passado no Reino Unido e voltou a repetir a cerimónia numa praia australiana, ganhou o prémio «Ultimate Job in The World» (o emprego mais insólito do mundo) numa competição organizada por uma empresa irlandesa. Desde a vitória, o casal tem renovado votos em sítios como masmorras, grutas, lagunas cheias de tubarões e ruínas de igreja privada de um eremita.

23 de novembro de 2010

Quem foi Francis Bacon?

Nasceu em Londres a 22 de Janeiro de 1561 e faleceu a 9 de Abril de 1626, era filho de Sir Nicholas Bacon (Guarda do Grande Selo) e de Anna Cook. Foi a sua mãe uma das grandes influências na sua forma de pensar e na escrita, equilibrada pela família paterna, mais ligada ao mundo da corte. Dada a sua ascendência nobre, a partir dos 15 anos foi enviado para Cambridge, onde estudou Escolástica e Filosofia no Trinity College.
Assim que a sua formação terminou, em 1577, começou a trabalhar no meio diplomático, concretamente em França. Retornou pouco depois a Inglaterra, uma vez que a família passava por uma crise financeira, e iniciou a sua formação em Direito na Gray's Inn (onde leccionaria a partir de 1589). Concluiu a mesma em 1582 e dois anos depois foi deputado no Parlamento, seguindo-se a nomeação de Conselheiro da Coroa.
O seu papel foi menos brilhante nas circunstâncias que levaram o conde de Essex à morte: o conde tinha protegido Bacon quando as críticas à política de impostos da rainha Isabel I o retiraram da cena pública, tendo inclusivamente dado ao advogado uma propriedade com um palacete. No entanto Essex foi acusado de traição, de apoiar o rival escocês que pretendia ocupar o trono onde se sentava a rainha, e Bacon, depois de tentar em vão que Essex desistisse da sua simpatia, acusou-o e, consequentemente, o conde foi condenado à morte. Bacon foi depois conselheiro do rei Jaime I, que lhe deu o título de "Sir", de barão de Verulamo e de visconde de Saint Alban, foi Guarda do Grande Selo, Lorde Protector (1617) e, no seguinte ano, Lorde Chanceler. Com uma lealdade ao rei incontestável, acreditou no absolutismo monárquico, o que provocou uma onda de descontentamento por todo o reino, sobretudo no seio do Parlamento.
O Chanceler foi então acusado de receber presentes da parte de pessoas interessadas em processos litigiosos sobre os quais ele opinava, sendo demitido de todos os seus cargos em 1621 e preso na Torre de Londres. Faleceu cinco anos depois.

16 de novembro de 2010

Uma leitura entre cafés

Uma associação cultural está a oferecer livros a cafés e pastelarias do distrito de Bragança com o objectivo de promover o gosto pelos livros e os hábitos de leitura. A ideia é simples: se as pessoas não vão às bibliotecas procurar livros, estes vão ter com elas.

A iniciativa,designada "Pausa para a leitura", é o convite quotidiano que a associação Potrica - Grupo de Acção Cultural do Nordeste Transmontano vai fazer nas próximas semanas nos estabelecimentos comerciais de Bragança e Mirandela, depois de o ter feito em Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo. Desta forma deixa de haver desculpas para não ler, porque os livros estão memo ali ao lado da chávena do café ou do bolo mais gostoso.

Luís Pereira, dirigente da Potrica, explicou durante a entrega de uma remessa de livros na pastelaria "Soromenho", em Moncorvo, que o objectivo é contribuir para o gosto pela leitura. "Achamos que esta seria uma forma popular de o fazer. Como os livros estarão nas mesas, é fácil que lhes toquem, os folheiem, os cheirem e por fim os leiam", referiu.

Luís Pereira e Celina Martins, daquela associação, fazem esta tarefa por gosto e carolice, dedicando-lhe uma parte do seu tempo de forma voluntária e gratuita. Andam de terra em terra a colocar livros nas mesas dos cafés. Gestos que despertam a curiosidade dos clientes. Foi com a mesma boa vontade que a Potrica lançou no centenário de Miguel Torga a iniciativa "Pão, Torga e Poesia", imprimindo mais de um milhão de poemas do escritor nos sacos de uma pastelaria de Macedo de Cavaleiros.
Telmo Santos, proprietário da "Soromenho", recebeu-os de braços abertos. "Queremos que este estabelecimento não seja só um café, mas também um espaço de integração social e cultural. As pessoas copiam os modelos das cidades e os locais de convívio também se estão a perder", justificou.

O empresário acredita que "as pessoas ao serem confrontadas com esta oportunidade, vão acabar por aderir", acrescentou.
Simultaneamente, a Potrica faz a divulgação de autores transmontanos, uma vez que privilegia a entrega de livros destes escritores. "Muitos não são conhecidos, desta forma é mais fácil que passem a sê-lo. É um facto que os livros são caros e que nem todos os podem comprar", realçou Celina Martins, que lança um repto para que todos os que se deparem com a iniciativa peguem nos livros. "Para ler ou sublinhar uma frase, que tenham interesse pela sua descoberta", aconselhou.

Os promotores do projecto gostavam de o levar aos 12 concelhos do distrito de Bragança, mas para já estão condicionados à quantidade de livros de que dispõem, que ainda não chegam para cobrir toda a região. Pediram a colaboração de editoras, mas apenas responderam três.

15 de novembro de 2010

12 de novembro de 2010

Amizade Sem Sinceridade

Acredita-se ter encontrado um meio de tornar a vida deliciosa através da bajulação. Um homem simples que apenas diz a verdade é visto como o perturbador do prazer público. Foge-se dele porque não agrada a ninguém; foge-se da verdade que ele enuncia, porque é amarga; foge-se da sinceridade que proclama porque apenas traz frutos selvagens; tem-se receio dela porque humilha, porque revolta o orgulho que é a mais estimada das paixões, porque é um pintor fiel que nos faz ver quão disformes somos.
Não admira que seja tão rara: em toda a parte (a sinceridade) é perseguida e proscrita. Coisa maravilhosa, ela encontra a custo um refúgio no seio da amizade.
Sempre seduzidos pelo mesmo erro, só fazemos amigos para ter pessoas particularmente destinadas a nos agradarem: a nossa estima resume-se à sua complacência; o fim dos consentimentos acarreta o fim da amizade. E quais são esses consentimentos? O que é que mais nos agrada nos amigos? São os contínuos elogios que lhes cobramos como tributos.
A que se deve que já não haja verdadeira amizade entre os homens? Que esse nome não seja mais do que uma armadilha que empregam com vileza para seduzir? «É, diz um poeta (Ovídio), porque já não existe sinceridade.»
Com efeito, retirar a sinceridade da amizade é torná-la uma virtude teatral; é desfigurar essa rainha dos corações; é tornar quimérica a união das almas; é introduzir o artíficio no que há de mais santo e a perturbação no que há de mais livre.

Baron de Montesquieu, in "Elogio da Sinceridade"

8 de novembro de 2010

carrego o teu coração comigo

carrego o teu coração comigo(carrego-o em
meu coração)nunca estou sem ele(onde
eu vou tu vais, querida; e o que é feito
só por mim és tu que fazes, meu amor)
eu não temo
nenhum destino(tu és o meu destino, meu doce)eu não quero
outro mundo (pela tua beleza ser o meu mundo, minha verdade)
e tu és seja o que for que a lua signifique
e o que quer que o sol cante sempre és tu

aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe
(a raíz da raíz e o botão do botão
e o céu do céu da árvore chamada vida; a qual cresce
mais alto do que a alma espera ou a mente esconde)
e este é o milagre que mantém as estrelas separadas

carrego o teu coração(carrego-o em meu coração)
(e.e.cummings)

ps- a versão original deste poema ("i carry your heart with me") tem a mesma estrutura deste.

6 de novembro de 2010

aulas de literatura...

Aprendi a sinfonia dos silêncios. Das esperas.
Sem ânsias do amanhã. Aprendi a conjugar o presente.
E a vivê-lo como se um passado não tivesse existido.
Os compassos da lenta descoberta.
Abriram as comportas do imaginário
e, timidamente, quiseram ser peixes voadores
Ensaiei a dança das palavras, pura.
Puros movimentos doces dançando de boca em boca
e com o mesmo desfecho: morrer ali.
Sem ter a noção do ontem, sem saber do amanhã.
E vi o encantamento soltar as asas, reclamando o peito pela cintura.
Envolvendo todo o corpo
Encantamento perdido, no começo do fim
E veio a ânsia, despida.
Com silêncio profundo
Que me faz pensar na vida.
E a graça, nua.
sem medo da liberdade
Sem temer.
E todo este movimento perpétuo
que me faz explodir de alegria,
viver no limiar das emoções,
deixar voar as palavras, sem medo....
....sem medo de arriscar de viver.

Miguel Carvalho (http://adevidacomedia.wordpress.com/)

Turma do décimo primeiro, D.